quinta-feira, 5 de novembro de 2015

05 de novembro - quinta feira

Bom dia!

Acordei as 5, melhor acho que não dormi nada, tensão demais, tomara que tudo corra dentro do esperado. O sacrifício é grande!

Confesso que minha tristeza maior hoje começa com a notícia da devolução de uma cadela, adotada em abril.

As 6:30 sai de casa, caminhei até o ponto de ônibus, cruzando no caminho com vários animais, o coração já chora e a alma lamenta tanto sofrimento.

O ônibus veio bem rapidinho, pouco depois das 8 horas cheguei, subi as escadas e encontrei a doutora Ana, que me atendeu com simpatia, conversamos por algum tempo, mas infelizmente a Lei não me permite continuar com as feiras de adoção no estacionamento.

Fui denunciada, não duvido disso porque tinha umas pessoas fdp que passavam por lá e lamentavam a presença dos animais dentro do cercado, achavam a coisa mais triste do mundo ver eles lá, imagino que estas pessoas não saibam a quantidade de animais nas ruas, imagino que o sentimento de indignação delas seja apenas com os bem tratados, alimentas, gordos, castrados, vacinados, mas que estão dentro de um cercado esperando sua vez de conseguir um lar abençoado.

A estas pessoas, Parabéns!!!!! mas tem troco, tá!!!! a vida, hummm, a vida não perdoa....

Uma coisa eu digo, seu eu ver as famigeradas feiras de vendas de animais, ahhhhhh, vou denunciar com todo prazer, vou fazer barraco e tudo mais... eu nunca disse uma vírgula se quer sobre o assunto mesmo não concordando, mas mexeu, né?.......

Sai de lá um pouco sem rumo, triste sem saber como meu esposo reagiria quando eu chegasse em casa, tem sido bem complicado estes dias, sei que ele está sofrendo e muito apreensivo com isso.

Como teria que ir novamente até a delegacia do meio ambiente, decidi que iria direto, então. Cheguei na delegacia e mais uma vez fui muito bem atendida. Fiquei um tempo conversando lá, acho que queria fazer hora para não voltar pra casa.

Já estava dando meio dia a estas alturas, então liguei em casa, pois meu esposo poderia estar preocupado, mal o telefone tocou ele já atendeu, e ai? estava apreensivo, tentei te ligar, nem dormi direito está noite pensando.... perguntando.... e respondi, que não deu, que já era, mas que em casa eu explicava tudo direitinho, já estava voltando de Barueri onde tinha ido levar o documento para ser anexado ao inquérito, ele tentava me confortar, mas sabia que aqui em casa ele estava arrasado....

Quanto ao que eu penso sobre tudo isso, só posso dizer que "tudo me é lícito, mas nem tudo me convém!", minha vida é pública aqui, melhor não usar meu direito de "liberdade de expressão", acho que me entendem..... rsrsss

Não me contive, precisei chorar, não deu e ai você vira centro das atenções porque todo mundo nota, mas é um momento em que você se sente num deserto de areias, num vazio sem limite.

Já estava no ônibus voltando, quando uma mensagem chegou no meu celular, era a Carolina, já estava conversando com ela a dias, Carolina queria adotar o Pitico. E a mensagem dizia que ela iria buscar o Pitico, a família estava ansiosa e que o pai a acompanharia até em casa. Então minha alma sorriu, rsrsss chorei mais ainda.....

Mandei uma mensagem para a Denise pegar o meu bichinho arrepiado para um banho de beleza, ela veio pegar.

Cheguei em casa, primeiro contei a boa nova, o Pitico agora tem uma família e a pergunta foi: Eles vão cuidar bem, né? as vezes não acredito porque tanto sofrimento, meu marido é a pessoa mais incrível que conheço, meu Deus que coração, que sensibilidade, que amor, por quê?

Sim, respondi. Ele vai muito, muito bem cuidado, pode ficar tranquilo.

No intervalo enquanto aguardavamos a Carolina, conversamos sobre os acontecimentos da manhã, expliquei tudo o que a doutora da zoonoses, me disse, falei que estive no meio ambiente e que vamos buscar outros horizontes para tudo que fazemos.

Carolina chegou com seu pai, conversamos bastante enquanto o Pitico não chegava do seu banho de príncipe. A família tinha um cão que morreu vítima de cancer, era também cardíaco, e era muito forte o amor que sentiam por ele, dava para notar nas palavras, na emoção.

Lindo, né?
Pitico chega, rsrsss, escoltado pelo Betho que veio conhecer os donos do seu amigão Pitico, rsrsss já começaram as perguntas, abracei muito meu menino arrepiado, que foi abandonado no estacionamento do Walmart, sobreviveu a cinomose e é só amor, amor verdadeiro, amor puro, carinhoso e ciumento.

A adoção quando estamos seguros ela é uma entrega da alma, a sensação mais prazerosa da missão cumprida, alegria e apreensão em ver a carinha dele de "não estou entendendo nada, alguém pode me explicar"... o meu amor Tchico, você vai ser feliz, vai ter um lar e ganhar todos os paparicos que merece, te amo, assim como amo a todos os seus irmãozinhos e só quero o melhor pra vocês e luto por isso sempre.

Lamento pelas pessoas que nunca viveram, por viver é conhecer o verdadeiro amor, o verdadeiro amor vem de quem nos ama incondicionalmente... assim como a nossa mãe, rsrssss...

E então, passadas todas as emoções, minha máquina de pensar, já está cogitando novos projetos, abracei a causa e por ela não posso parar, claro que vou contar com a ajuda dos meus amigos, sei que posso, vocês fazem a diferença na vida dos meus resgatados. Obrigada!!!

Obrigada a todos!

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