03 de dezembro - quinta feira

Olá!

Eram 3:30h, madrugada que deveria ser calma, estava agitada, fogos e batucada, tudo por causa do jogo de futebol.

De qualquer forma a noite iria ser longa mesmo, depois de ver aquele cãozinho daquele jeito, para conseguir dormir numa boa, precisa ser uma pessoa normal, coisa que estou longe de ser, rsrsrsss.

Eram 7 horas, quando fui procurar a casa onde o menino mora com aquele cachorro, estou no caminho, quando vejo o menino com uma mochila indo para a escola, quando ele me viu, ele simplesmente parou e sorria, me aproximei e ele só sorria, comprimentei e a pergunta dele pra mim foi: A senhora vai ajudar o Bolinha? disse que sim e ele tinha virado estátua não se mexia, rsrsrsss.

Pedi para ele me levar até o cachorro, queria saber como estava. O menino passou um portão e foi andando, atravessamos uma "pinguela" por cima do esgoto e lá estava a casinha muito humilde, muito simples, o chão e as paredes todas sujas de sangue e o Bolinha lá prostrado, muito mais prostrado que ontem, fiquei apreensiva demais, conversei com a irmã e com o irmão mais velhos do menino que se chama Bruno.

Pedi que eles levassem o Bolinha até a clínica as 9 horas, eu não podia pegar o cachorro e ir porque o meu esposo saiu cedo de casa, tem consulta com a psiquiatra, a menina não sabia como levar o cahorro, e então falei que desse um jeito, mas se quisesse minha ajuda para cuidar dele, teriam que levar.

Daquela hora até as 9h foi uma eternidade, as 9:05h liguei na clínica e eles já tinham levado o cachorro, ela me disse que quando fossem cuidar do cachorro que me ligaria para saber mais informações.

Já para adiantar mendei um Whats para a Debora explicando todo o caso, então eles começaram a cuidar do Bolinha, pedia para Débora e para o doutor fazer as fotos.

Através do meu desabafo no face, consegui ajuda para cuidar do Bolinha, sou muito grata, muito grata mesmo a todos.

As palavras de carinho também são muito importantes, dão forças para não desistirmos, obrigada!