sábado, 10 de maio de 2014

10 de maio - Sábado

Olá AUmigos,

Sei que nada na vida é fácil, mas definitivamente não é preciso exagerar, né!!!!

É muito complicado a questão de não ter um carro para transportar os animais, começo falando em ontem, a minha querida amiga pegou o carro do pai dela emprestado com horário cronometrado, me sinto muito mal com isso, pois ela ajuda de todo coração, mas o carro não sendo dela fica muito complicado.

Uma outra coisa é ir para a feira de adoção com os animais, hoje por exemplo, o Marcelo está doente e então precisei procurar um taxi dog, felizmente a minha amiga Flávia me indicou uma que aceitou fazer o transporte pra mim.

Agora vou pular um pouco e falar do assunto que foi uma grande aflição pra mim de ontem a noite até cerca de 13h de hoje.

As vezes questionamos as pessoas que não querem doar os animais que resgatam e acabam sendo chamados de colecionadores de animais e outros nomes, mas todo protetor de animais um dia com certeza sentiu no coração a vontade de matar um cidadão que mente e engana na hora da adoção.

Voltando ao passado. - Em abril de 2008 eu fiz a doação de uma cadela chamada Nicky, bailarina nata, carinhosa, muito especial mesmo, a família parecia tudo de bom, casa própria, família formada, enfim nada que desabonasse a adoção. Infelizmente, meu coração não estava tranquilo de qualquer forma tudo poderia apenas passar de um engano, afinal que vê cara não vê coração, não é assim o ditado!!!

Logo depois da adoção eu liguei e tudo parecia bem, apesar do meu coração pedir para eu ir buscar ela de volta, já nessa época as dificuldades me faziam pensar 2 vezes e a cada ligação um acalento, mas não a tranquilidade, conversei com as pessoas que na época faziam parte do grupo que eu participava e todos achavam que era coisa da minha cabeça.

No mês de maio, quando já estava me decidindo ir buscar a Nicky, cai da escada da minha casa e quebrei os 2 braços, desloquei o joelho, quebrei o pé e tive várias fraturas pequenas no rosto, ou seja, quase morri. E assim é que realmente não podia ir mesmo atras da Nicky, ninguém dava atenção pedido que de coração eu fazia para as pessoas que me cercavam, depois de um tempo eu não conseguia mais contato com a família, o telefone não atendia, o email voltava e nada de ninguém me ajudar para ir até lá.

Quando meu coração apertava demais eu olhava para o céu e pedia para que os anjos dissessem a ela que eu a buscaria, mas..... (aos prantos)... não deu tempo, no mês de novembro do mesmo ano um dia eu consegui falar com a mulher e ela me disse na maior naturalidade que tinha atropelado a Nicky e que mesmo socorrendo ela no veterinário ela não resistiu....choro muito até hoje, não me perdoo por te-la deixado morrer na mão daquela família..

Questionei o fato dela não ter me falado que o casal estava se separando e me devolver a cadela, mas ela novamente com naturalidade me disse: "não liguei porque você tem tantos!", os malditos seres não entendem que eles para mim não são números, são vidas que eu amo até mais que a minha e respeito.

Bem! estou contando isso porque no dia 12/04/14 eu doei o Apolo para uma família que parecia muito bacana, depois de muita conversa, entrevista e tudo mais o Apolo foi adotado, mas desde então meu coração não descansou e cada vez que eu lembrava dele meu coração apertava, liguei para saber notícias e a resposta era de que estava tudo bem. No dia 25/04 eu liguei novamente porque tínhamos combinado que eles levariam o Apolo na feira de adoção para ser vacinado pela dra Leila, falando com o esposo da adotante ele me disse que iria falar com a esposa e que retornaria, para dizer se iriam na feira ou se iriam vacinar ele perto de onde moram.

Pra mim, tudo bem, desde que vacinem não tem problema, mas meu coração nada de ter paz e começou que ligava e ninguém atendia, mais apreensiva ainda ia ficando e já me programando para ir visitar, a angustia era tanta que por diversas vezes ia chamar outro cão e chamava de Apolo.

Ontem, fim de tarde aconteceu isso, estava cuidando dos cães no quintal de baixo e ao mandar o Brendo para a casinha, chamei-o de Apolo, larguei tudo que estava fazendo na hora, peguei o telefone e liguei, e a conversa foi assim:
Alo, Tatiana?
Sim, quem é?
É a Elenice, tudo bem?
De onde?
(dei uma pausa) e falei: do Apolo!
Ah, tudo bem, então eu preciso levar o Daniel ai para ver o Apolo, desde que eu levei ele pra você que meu filho não para de falar no Apolo, mas estou sem tempo.
Eu aflita e nervosa - Onde está o Apolo? - O que você fez com o Apolo? - Cadê o Apolo?
Foi então que ela soube com quem estava falando e tentou explicar dizendo que por causa do trabalho, para não deixar o Apolo sozinho ela deu para um amiga, que gosta muito de animais e que gastou quase 400 reais com o cachorro para dar o melhor pra ele etc... etc... caindo várias vezes em contradição.
- Quando eu pude falar, disse que ela não podia ter feito isso, teria que me devolver o cachorro uma vez que não podia ficar com ele, li o termo de adoção para que ela visse que estava errado a atitude dela e ela por sua vez tentava a todo custo provar pra mim que estava certa, mesmo estando errada.

Quando senti que poderia colocar o Apolo em risco, respirei fundo e mudei a tática, dando razão a ela e pedindo apenas com toda educação do mundo que ela fosse até a feira de hoje para eu ver o Apolo e para que a pessoa que está com ele assinasse o termo de responsabilidade e ficamos combinadas assim. Pensa se consegui dormir esta noite, não imagina o tamanho da minha aflição... mas meu coração não estava enganado.

Minha ideia era que, ela chegando na feira com o cachorro e o pegaria e já falaria que ele não voltaria para casa deles, mas a história mudou.

Antes das 6 da manhã de hoje, já estava em pé e andando de um lado pra outro tentando conter a aflição, sensação de medo de que o Apolo não estivesse bem e de que ela não fosse, apesar de que para isso eu já estava preparada com a Gringa, uma pessoa que contratei para fazer o taxi dog de hoje.

Cuidei dos cães la de baixo, dei vermífugo para o baixinho e enquanto isso meu marido subiu para cuidar da turma de cima, onde fica a Meg, logo que ele subiu já me chamou dizendo, a Meg está mal, ela parece estar bêbada, ela não está enxergando e não consegue abrir os olhos.

Subi mais que rapidamente e vi, não estava nada bem mesmo, então por isso, fui para o computador e avisei que não faria o Evento de adoção, liguei no Pet Alvorada do Walmart e pedi para que colocassem no espaço que fazemos a feira uma aviso, falando que não haveria o Evento e que no próximo sábado tudo normal, liguei para os adotantes da Naya para que trouxessem ela aqui em casa, eles estão devolvendo a cadela, por motivos pessoais, e, fiquei matutando o que faria com  o Apolo, depois do caso da Meg o mais grave.

O taxi dog chegou e eu expliquei as mudanças de planos, como a motorista do taxi dog, mora na divisa de Cotia e Itapevi, perguntei a ela se conhecia o lugar onde a adotando do Apolo mora e ela me disse sim, fomo primeiro ao veterinário para saber o que acontece com a Meg.

O dr. Leandro não estava, foi o dr. Beni que atendeu, examinou, fez um hemograma com perfil senil, ouviu o coração e logo disse que ela estava com um sopro forte no coração. O perfil deu uma leve alteração no fígado e nos demais normal, no hemograma deu uma baixa muito grande nas plaquetas. Sem um diagnóstico fechado vamos começar a tratar a doença do carrapato, na segunda-feira farei o ecocardiograma e o raio x, para assim ver como tratar o coração, fiquei arrasada com a notícia, não vou entender jamais porque eles precisam passar por estas coisas.

Saímos do veterinário, fomos atras do Apolo, chegando lá, liguei e a Tatiana já foi logo dizendo, que estava terminando de arrumar a casa e que o Apolo estava com ela e que iria até o Walmart para que eu o visse. Falei que não precisava, pois eu estava no portão da casa dela, logo ela veio com o Apolo no colo, meu menino lindo, já fui pegando ele e começou a conversa, foi então que ela disse: "a mulher que está cuidando dele, ficou com medo de você levar ele", e eu disse: mas eu vou levar mesmo, Absurdo!!! exclamou ela, absurdo era ela querer me convencer que fez certo dando ele para outra pessoa.

E ela insistindo que eu deveria falar com a mulher que cuida dele e então eu aceitei e fui, queria mesmo saber onde o pequeno passou dias. É uma escola, a Maria Antônia é caseira e tem 3 cães, um macho, uma fêmea que acabou de ter filhotes e 1 filhotes de 30 dias, quando eu falei na castração da cadela, ela disse que o irmão queria um filhote dela e por isso não ia castrar, e você acha mesmo que vou deixar o Apolo com essa pessoas, claro que não, ela disse amar os cães, que amor é esse que deixa um serzinho daquele ficar procriando num mundo onde há milhares de animais. Ah!!! isso sem falar na quantidade de animais abandonados nas ruas daquele bairro, um horror!!! Que elas que amam tanto, peguem cada uma um deles que já vai estar ajudando muito.

Em casa, a Naya já estava aqui e meu marido disse que foi uma alegria só quando ela viu os irmãos.

A Meg, depois que chegamos do veterinário, só quis ficar dentro da casinha, não quis comer.... Foi então que eu liguei para minha amiga Flávia, ela tem um cachorro cardíaco e comecei a falar da Meg para ela que relatou que os sintomas que ela tem são mesmo de problema do coração e já em estado avançado, por isso sugeriu que eu a leve no veterinário que cuida do cachorrinho dela a mais de 4 anos, segunda feira vou lá.

Não posso deixar a minha Meg sofrendo, ela está desnorteada, e pelo que percebi, sente fortes dores nos olhos por isso está sempre com eles fechados. Estou dando dipirona a cada 6 horas. Não consigo nem imaginar o quanto vou gastar para cuidar da Meg, mas acredito que será uma pequena fortuna que não tenho.

Fui no dr. Tiago pagar a conta da consulta do Baixinho e pegar o orçamento da quimioterapia que ele precisa fazer. O valor será de 90 reais cada sessão e ele acredita que serão necessárias 4 sessões, ou seja, o valor da quimioterapia será de 360 reais.

Gente, estou exausta e preciso descansar, amanhã graças a Deus vou trabalhar para conseguir um pouquinho de dinheiro.

Obrigada e a todos.


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