No dia seguinte (05 de abril), meu esposo a colocou no carro e levou para o veterinário que constatou febre alta, infecção crônica além dos muitos carrapatos.
Eu estava certa de que seria necessário amputar a pata, mas, graças a Deus não foi preciso, depois de medicada voltou para casa. Começou a limpeza, foi retirado dela um pote de 250g de carrapatos, foram dias difíceis que resultaram hoje em uma linda, doce e amorosa cadela, no dia do resgate pesava 9kg e hoje esta com 32kg. Em casa já tínhamos o Max que chegou em agosto de 2000 e a Suzy em 05/04/2003. (In memorian 26/09/2011).
Em 17 de janeiro de 2004 meu filho encontrou a pequena Nick um bebê de aproximadamente 2 meses que estava sendo usada como bola em um campo de futebol. Linda, castrada, vacinada e fazendo muitas artes. (In memorian - dez de 2008) - morreu após ser atropelada pela adotante.
Em 18 de março de 2004 foi a vez da Luma, atropelamento, fratura exposta e uma bicheira no genital, enquanto cuidava dela percebi que estava prenha, imaginei que os filhotes não fossem resistir e para nossa surpresa em 09 de abril de 2004 nasceram 8 lindos filhotinhos (5 machos – Brayam, Lucky, Teddy, Rufo, Dingo e 3 fêmeas – Sara, Nina e Jodie). A Jodie e o Rufo foram adotados mas, devolvidos porque o casal se separou. A Nina e o Teddy também ficaram com uma família por quase um ano, mas, eu os resgatei por maus tratos, passavam fome, a família os soltavam na rua e por 3 vezes os peguei comendo lixo. (A Nina chegou a ficar internada por causa da grave anemia que estava), hoje esta muito bem. A Sara tem uma doença grave chamada Displasia, tanto que em março de 2005 foi feito uma cirurgia chamada de denervação, hoje está bem mas, com o passar dos anos ela voltará a ter dificuldades para andar. O triste é que os irmãos podem desenvolver o mesmo problema por ser de ordem genética.
Em 02 de agosto de 2004, chegou a Vitória encontrada pelo meu esposo em uma parada de ônibus atropelada, meu esposo a embrulhou na sua jaqueta e trouxe para casa, no dia seguinte levei ao veterinário. Segundo as informações do veterinário ela teria sido atropelada a mais de 4 dias, e que ficaria com uma perna mais curta que a outra e talvez tivesse necessidade de amputar o rabo, porque ela não consegue levantar, até hoje não foi preciso porque não esta atrapalhando ela.
Em 07 de agosto de 2004 encontrei a Hello Kitty (isso mesmo ela é verdadeiramente uma gatinha que faz auau...), eu a recolhi porque estava em um canteiro sozinha muito próxima da avenida principal.
Em outubro de 2004 a Sophia apareceu nos arredores da minha casa com uma queimadura possivelmente de água quente, era só um bebê e hoje é uma grandalhona linda que foi doada e está bem.
Em novembro foi a vez do Zig, já era morador da rua mas, um belo dia a cadela da vizinha fugiu e estando no cio foi perseguida pelo Zig e acabou sendo atropelada e morta, conclusão a dona da cadelinha quis de todas as formas matar o Zig e eu coloquei para dentro do quintal onde ela já usava para dormir. Quando ele apareceu estava com uma sarna terrível hoje esta bem, mas a sarna é do (tipo dermodermica) tem sempre que ser controlado com medicação.
Final de dezembro de 2004 chegou o Branco (lindo de viver), cão que deve ter fugido de algum pet, estava muito cheiroso e limpo, procurei em todos os pets da região em busca do dono, mas não encontrei e ele se tornou mais um membro da família.
Em 14 de janeiro de 2005, encontrei a Layka em uma parada de ônibus em pinheiros, pequenina, magra, desnutrida, só tinha pele, osso, sarna e muitos carrapatos a história dela é muito longa e triste, mas graças a Deus com final feliz, porque ela hoje está linda, maravilhosa. Ela ficou internada 15 dias e quando cheguei em casa com ela ninguém acreditava no que via. Hoje ela é linda de se ver.
Em maio de 2005 chegaram Conan e Leon, tinham sidos abandonados em um campo de futebol cheios de sarna, estão bem, são lindos e charmosos.
Em julho de 2005 chegaram a Pepita e a Lolita, vítimas de envenenamento. A Pepita também sofreu com a doença do carrapato e a Lolita teve uma expulsão de intestino, problema que teve intervenção cirúrgica.
Em agosto de 2005, encontrei a Cora, uma senhorinha idosa, os olhos semicobertos por cataratas e com poucos dentes. Foram retirados em cirurgia cerca de 340g de tumor que estavam espalhados por todas as mamas, foi castrada e está muito bem, porém as chances de que ela venha a ser adotada é mínima. Para mim está tudo bem cuidar dela até o fim de seus dias, mesmo que eu não goste muito da idéia de que um dia ela irá partir.
Numa noite em novembro de 2005, meu esposo passeava com a Cora e ou ouviu um chorinho era a Heida, uma filhotinha que estava na chuva encolhida em um pedaço de colchão, meu marido não pensou 2 vezes, pegou ela e levou para casa, deu um banho quente, leite quente, cama quente, resultado hoje está muito linda. (Doada em 03/12/2006).
Dias depois apareceu a Kadija, que ficou apenas 20 dias comigo, logo foi adotada e mora agora em Araraquara. Está linda e maravilhosa.
Em 25 de dezembro de 2005, fui dar uma volta com meu esposo e vimos uma filhotinha aos berros correndo atrás de todos que passavam pelo calçadão. O gesto mais comum de todas as pessoas de quem ela se aproximava era expulsar. Ela se aproximou de uma casal que passeava com sua filha, a criança começou a sapatear e a gritar indicando medo da cadelinha, o pai com toda a sua educação começou a bater na cadelinha com uma sacola que tinha na mão. Fiquei chocada com a atitude daquele pai. O meu esposo sofre com problema de depressão e logo percebi que não poderíamos deixa-la na rua sofrendo os maus tratos que eu estava presenciando. Levamos para casa, estava com muita fome, muito suja, com sarna e carrapatos. Ela recebeu o nome de Milky, ela é muito especial, tem um olho castanho e outro azul. Tão pequenina naquele dia 25/12/06 e hoje está uma moça enorme, castrada e pronta para receber um novo lar.
Em janeiro de 2006, chegou o Bob, vítima de atropelamento. A mãe do Bob e uma irmã vivem em um lar temporário, que ajudo com ração, tanto a mãe quanto a filha estão castradas, gordas e lindas.
Ainda em janeiro de 2006, chegou o Capote a quem carinhosamente chamo de Pópoti, estava vivendo na rua e muito doente vítima da doença do carrapato somada a falta de alimentação adequada para um cãozinho com aproximadamente 4 meses. É um moço muito lindo e manhoso.
Em março de 2006 chegou o Negão um lindo pastor belga, esse felizmente já encontrou um lar onde a família tem muito carinho, amor e espaço para brincar.
Maio de 2006, a vez da Belle, uma mestiça a pastor alemão, muito judiada, sofre de uma sarna que é conhecida por sarna negra. Desde que chegou até a data atual está frequentemente sendo medicada, mas a melhora dela é muito lenta. Tenho certeza que em breve vai ficar linda. Tive momentos em que pensei em sacrificá-la, mas ela tem um olhar tão doce, meigo e cheio de alegria que não tive coragem, estou fazendo tudo o que posso além é claro da torcida para que ela fique boa logo (falecida).
E agora a poucos dias a Meg foi abandonada pela segunda vez, estou cuidando dela, e por medo de envenenamento coloquei no meu quintal, tem aproximadamente 3 anos é muito amorosa, tranqüila e não faz sujeira no quintal.
O caso mais interessante é o do Neginho, vem todos os dias no meu portão para comer pela manhã e volta à tarde. Adora um carinho, mas se não tiver o chamego come todo o seu alimento e vai embora, voltando no dia seguinte. Muito fofo!.
......... preciso continuar a edição faltam muitos ainda....
A minha cota já estourou a muito tempo, dou alimentação de combate, ou seja, a mais barata do mercado. Ainda assim, cuido de outros, levando ração e procurando castrar o máximo de fêmeas possível. Infelizmente hoje estou vivendo um momento que nem mesmo os meus tenho como cuidar como gostaria, conto com a ajuda de pessoas que amam e respeitam os animais.
Apesar de todos os problemas, não há nada mais gratificante que resgatar um animalzinho que precisa de cuidados e carinhos e ver depois de algum tempo vê-lo lindo, forte e cheio de carinhos para com você. Sofro muito quando não posso acolher. É importante cuidar do ser humano, mas um animal também é um ser criado por Deus e merece todo nosso respeito.
Além do mais, um animal abandonado carrega consigo várias doenças que poderiam ser evitados se houvesse conscientização por parte da população em castrar e vacinar seus animaiszinhos e mais importante não abandonar e sim que se faça uma adoção responsável.
Minha história é longa, só me conhecendo mesmo rsrsrssss.